DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Projeto tem enfoque educativo e visa estimular no público infanto-juvenil boas práticas ambientais e sanitárias


A prefeita de Valinhos, capitã Lucimara, esteve na tarde de segunda-feira (12) na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Horário de Salles Cunha para participar do lançamento de um projeto-piloto ‘Óleo não é na pia’, que será promovido pelo Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV). O presidente da autarquia municipal, o engenheiro sanitarista Walter Gasi, além da equipe que integra a ação, também participou da ação de lançamento junto ao público escolar, assim a equipe da EMEB, que tem como diretora Adriana Pereira da Silva.

Com enfoque ambiental e sanitário, o projeto-piloto educativo visa estimular entre as crianças e adolescentes a conscientização e a importância de se realizar o descarte correto dos resíduos sólidos, para mitigar os impactos negativos ao meio ambiente, também com a intenção de evitar que os resíduos sejam lançados de forma errônea na rede coletora de esgotos. “A partir de projetos como este podemos transformar os estudantes em agentes multiplicadores, para que ajudem a disseminar entre seus familiares, amigos e colegas boas práticas ambientais e sanitárias, que possam realmente somar à valorização do meio ambiente”, falou a prefeita.

Durante o projeto-piloto os alunos poderão participar das palestras educativas com a equipe do DAEV, interagir com os professores sobre a importância sanitária e ambiental e, ainda, serão convidados a mudarem algumas posturas diárias para cuidar do meio ambiente. “Por isso, os estudantes vão entender porque o ralo e o vaso sanitário não são lixeira e que o descarte irregular na rede de esgotos pode prejudicar o meio ambiente e causar em situações de vazamento. Além disso, também serão abordadas questões de uso racional da água”, destacou o presidente do DAEV.

Além da aulas, entre as atividades previstas dentro do projeto-piloto está uma espécie de gincana, que visa premiar a escola e os alunos que mais ajudarem, na prática, a coletar o óleo de cozinha saturado. Se os alunos conseguirem coletar 1.580 litros de óleo de cozinha usado, o arrecadado poderá se transformar na doação de uma TV Smart para a escola e em até quatro tablets, que serão destinados à premiação dos estudantes que mais coletarem a matéria-prima, sendo dois a alunos do período da tarde e dois a alunos do período da manhã. O projeto deve seguir com a coleta até junho deste ano. A EMEB Horácio de Salles Cunha atende alunos do 2º ao 9ª ano, com o total de 342 estudantes.

Para a coleta do óleo de cozinha usado, a equipe do DAEV orientou os alunos a pedirem a ajuda dos seus tutores, que devem deixar o óleo esfriar por pelo menos 30 minutos após o uso e, com a ajuda de um funil, colocá-lo numa garrafa pet. A garrafa deve permanecer fechada, até que seja levada ao ponto de coleta na escola.

A importância do descarte correto

Cada litro de óleo de cozinha usado, se descartado de forma incorreta, pode contaminar aproximadamente um milhão de litro de água. Se jogado no solo, pode impermeabilizá-lo e impedir que a água da chuva se infiltre nele. Se descartado no ralo do tanque, da pia ou no vaso sanitário, pode gerar situações de obstrução da rede coletora de esgoto. “Além de todo o fator contaminante, nas tubulações o óleo fica solidificado e dificulta a passagem do efluente, causando o entupimento da rede de esgoto, podendo gerar extravasamentos para as ruas da cidade ou para os imóveis”, explicou Walter.

Em estações de tratamento de esgoto o óleo também afeta o bombeamento e a eficiência do tratamento, gerando intervenções para a retirada dos resíduos. Quando descartado corretamente e destinado à reciclagem, o óleo de cozinha usado pode ser transformado em sabão, detergente, biocombustível e até para a produção de resina para tintas e como aditivo de ração de animais.

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