DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Sistema Cantareira entrou na faixa de operação de restrição; DAEV segue com Programa de Racionamento de Água em cronograma intensificado

Ponto de captação de Valinhos no Rio Atibaia (PS7)

Após oito meses com chuva bem abaixo da média histórica esperada à cidade, Valinhos teve finalmente um mês com percentual positivo em índices pluviométricos. A cidade registrou 158,80mm de chuva em outubro, período do ano para o qual eram esperados 84,13mm. O volume correspondeu a 188,80% da média estimada para o mês, mas foi insuficiente para a recarga dos mananciais internos (veja abaixo), que são responsáveis por 38,7% da água que é distribuída no município.

A insuficiência das chuvas também alterou a faixa de operação do sistema Cantareira, que abastece o Município de Valinhos por meio do Rio Atibaia. Responsável por 50,6% da água distribuída na cidade, o Cantareira acumulou 166mm de chuva em outubro, percentual acima da média e mesmo assim insuficiente para compensar o sistema. “E por esse motivo ele entrou, em novembro, na faixa de operação de restrição, pois está com apenas 28,5% do volume total. Desta forma, a economia de água continua a ser regra para todos os moradores de Valinhos”, disse a prefeita Capitã Lucimara.

A situação operacional de restrição do Cantareira segue resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

O presidente do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), Ivair Nunes Pereira, informou que diante à situação hídrica identificada nas fontes de captação de Valinhos, que o município não flexibilizará o atual cronograma de racionamento, pois não é momento de descuido. “Não é hora de minimizar as ações de racionamento. Precisamos ter cautela e continuar com a economia contínua de água no município, sobretudo diante da vazão identificada no Rio Atibaia, no ponto de captação de Valinhos; e a insuficiência das chuvas em todo o Sudeste brasileiro no decorrer de 2021”, reforçou o titular da autarquia municipal.

Percentuais de operação

Na captação do Rio Atibaia (PS7), a vazão identificada às 7 horas da manhã de hoje (4) foi de 11,87m³/s, ou seja, 37,08% abaixo da média esperada ao mês (que é de 18,86m³/s).

Nas represas municipais os índices também estão abaixo do desejado. A Barragem João Antunes do Santos manteve, nesta semana, a mesma da anterior, operando com 5% de sua capacidade; enquanto que a das Figueiras está operando com 19% da capacidade (na semana passada estava com 18%). A Moinho Velho está operando, nesta semana, com 18% da capacidade (estava em 15%); e na Santana dos Cuiabanos foi seguida a mesma operação da última semana, de 45% da capacidade.

Valinhos ainda tem como formas de abastecimento os sistemas isolados, que correspondem a 10,7% da água consumida no município. De acordo com o Departamento de Operação da autarquia, os poços também seguem operando com restrições. “A diminuta recarga dos lençóis freáticos, somada à falta de chuvas e à baixíssima disponibilidade hídrica durante o período de estiagem, também causa a baixa de nível nos sistemas isolados”, afirmou o Diretor de Operação, Caio Ceccherini.

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