DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Faixa de operação instituída pelo PCJ é de alerta; DAEV pede uso racional da água pela população

Vista aérea da Barragem das Figueiras (Crédito: Nilo Fellipin/DPOF)

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) informa nesta segunda-feira, 18 de julho de 2022, que os mananciais internos da cidade operam com 81,80% de seu volume útil, o equivalente a 371,7 milhões de litros. São responsáveis por 38,7% do abastecimento da cidade, contribuindo com volume aproximado de 16,4 milhões de litros por dia ao sistema de distribuição de Valinhos.

O montante acumulado de água nas represas municipais equivale a, aproximadamente, 20 dias de abastecimento se não houver recargas no sistema. Mesmo com o atual percentual de reservação, a Autarquia Municipal alerta para que os moradores economizem água, pois as recargas (por meio de chuvas) estão bem abaixo do esperado à cidade. “É fundamental que a população ajude economizando água em sua rotina, não usando o recurso tratado para lavar as áreas internas e externas de seus imóveis, por exemplo. Ao invés disso, pode fazer uso da água de enxágue da máquina de lavar roupas”, comentou a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara.

As chuvas – que são as principais fontes de recarga do sistema de represamento – estão passando longe do município. Em Valinhos não chove de forma satisfatória desde 10 de junho, quando a precipitação pluviométrica foi de 10,2mm. Em julho o acumulado, até o momento, é de apenas 1,20mm, ou seja, somente 3,7% da média de chuva esperada historicamente para esse período. Somente choveu acima da média na cidade nos meses de janeiro e março. Os dados são do Consórcio PCJ.

Ainda na manhã desta segunda-feira (18) o sistema Cantareira chegou aos 37,70% de seu volume útil, enquanto que a vazão do Rio Atibaia – no ponto de captação de Valinhos (PS7) – estava em 10,25m³ por segundo e nível de 0,91 metro. O volume é 24,09% abaixo à média histórica no ponto, que é de 13,50m³ por segundo. Em relação à mesma data do ano passado, a vazão está 1,25% abaixo (10,38m³/s). A faixa de operação é de alerta.

A distribuição de água de Valinhos, dentro da outorga emitida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), é de, em média, 42,6 milhões de litros por dia. Além dos mananciais internos, 50,60% da cidade também é abastecida pelo Rio Atibaia, enquanto que 10,70% tem fornecimento de água por meio de sistemas isolados (poços).

Compra de água

Valinhos faz uso da água adquirida de Campinas por atacado desde 28 de junho, quando os mananciais internos chegaram ao percentual de reservação inferior a 90% do volume útil, seguindo o recomendado pelo Grupo de Trabalho e à revisão do Plano de Enfrentamento à Crise Hídrica, seguido pela Autarquia Municipal. De lá até à meia-noite de domingo (18), a cidade somou a utilização de 27.534 m3, equivalente a 27,5 milhões de litros.

Concomitantemente, o DAEV também faz a construção da nova linha de adução do Rio Atibaia, para conseguir captar mais 90 litros por segundo. O trajeto total é de 3.834 metros, sendo que 1,3 mil metros já foram concluídos no trecho por gravidade. As obras iniciaram em junho e devem seguir até novembro deste ano. O volume a mais a ser captado por meio da nova linha adutora corresponderá a, aproximadamente, 7,7 milhões de litros por dia.

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