DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Das quatro estações compactas, duas estão sendo adquiridas com recursos do próprio DAEV e duas são contrapartidas de empreendimentos imobiliários que estão sendo realizados na cidade.


O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos – DAEV – e a Prefeitura estão ampliaram a capacidade de tratamento de esgoto da Estação de Tratamento de Esgotos - ETE Capauva – através da finalização da construção de quatro Estações Compactas de Tratamento de Esgoto – ECTE – junto à própria ETE. A medida, segundo Ricardo Gardin, presidente do DAEV, visa atender a um Termo de Ajuste de Conduta – TAC - firmado entre o DAEV e Sanasa com o Ministério Público – MP – através do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA) em função da ETE Capuava estar se aproximando de seu limite de tratamento e, enquanto o retrofit – série de ações de modernização e readequação de instalações – firmado através de Convênio de Cooperação Técnica entre DAEV e Sanasa não acontece. De acordo com o engenheiro da ETE, Paulo Cesar Bonon, a ETE Capuava trata o esgoto de toda cidade numa proporção de 222 litros de esgoto por segundo (vazão média). Contudo, em que pese algumas ampliações e obras para evitar a entrada de águas pluviais no sistema de tratamento a ETE Capuava já opera dentro de seus limites. Assim, a alternativa encontrada pelos técnicos do DAEV foi a construção das quatro Estações Compactas de Tratamento de Esgotos – ECTE – que terão capacidade de tratar 20 litros por segundo (5 litros cada uma). Esta semana o DAEV recebeu as duas primeiras estações que já foram colocadas na base construída ao lado da ETE. Segundo Bonon, diferente do sistema – anaeróbio – sem a presença de oxigênio – as ECTE usa o sistema aeróbio – presença de oxigênio – é mais eficiente. Das quatro estações compactas, duas estão sendo adquiridas com recursos do próprio DAEV e duas são contrapartidas de empreendimentos imobiliários que estão sendo realizados na cidade. “Essa foi a forma que encontramos para mitigar o impacto desses empreendimentos no sistema de esgotos da cidade”, disse Gardin. Além disso, completa, “foi a alternativa que encontramos para apoiar o atual sistema de tratamento de esgotos, uma vez que a cidade cresceu muito nesses últimos anos e o atual sistema de tratamento precisa de um reforço”. De acordo com Gardin, outra vantagem do investimento e da implantação das estações compactas é que após obras de ampliação e modernização da ETE Capuava, essas estações poderão ser desmontadas e montadas em outros bairros da cidade que precisam de tratamento de esgoto. “Este investimento não irá se perder quando da concretização do Convênio de Cooperação Técnica firmado entre o Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) e a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), de Campinas, em 2019. Ao contrário iremos levar saneamento básico para bairros que não estão conectados ao sistema”, explicou. O convênio DAEV/Sanasa irá investir R$ 130 milhões - maior da história de Valinhos na área de saneamento básico - para a transformação da ETE Capuava numa Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR) que, após o processo de tratamento, irá devolver ao Ribeirão Pinheiros água de reuso. O Convênio, já teve o aval do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) com a publicação em março, no Diário Oficial da União, da portaria 526/2020, contempla Valinhos no processo seletivo para acesso a financiamentos de obras e estudos na área de saneamento. “Essa é a solução ideal para o nosso tratamento de esgotos que, além de trazer benefícios diretos para Valinhos, vai beneficiar também Campinas que capta água do rio Atibaia à 600 metros do desemboque da água do Ribeirão Pinheiros e, que futuramente será água de reuso, melhorando e muito a qualidade de água que Campinas vai captar”, explicou Gardin. De acordo com Gardin, as obras para modernização e ampliação da ETE Capuava aguardam agora a captação dos recursos que está a cargo da Sanasa Campinas. Serão aproximadamente 36 meses para que ele esteja concluído. “Assim, a futura EPAR Capuava terá capacidade de tratar 400 litros de esgoto por segundo, 300 litros coletados em Valinhos e 100 litros produzidos em Campinas, na região do córrego Samambaia. Com a tecnologia inovadora de tratamento, a água terá melhor qualidade ao ser devolvida para o Ribeirão Pinheiros”, finalizou. TRATAMENTO DE ESGOTO Localizada na Rodovia Flávio de Carvalho, no bairro Capuava, às margens do Ribeirão Pinheiros, a ETE Capuava foi inaugurada em 2004 e trata atualmente 637.000 m³ por mês (ou 637 milhões de litros). É através da ETE Capuava que Valinhos trata hoje 100% do esgoto coletado no município. A ETE Capuava tem capacidade para tratar 240 litros de esgoto por segundo. Valinhos tem 95% da população na área urbana e coleta 92% do esgoto produzido por esses moradores. O restante, em condomínios e alguns bairros mais distantes utilizam fossa, assim como na área rural.

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