DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Cidade entrou na faixa de operação de atenção; uso racional da água é medida que todos devem adotar

Vista área de Valinhos do bairro Água Nova (Crédito: Nilo Fellippin/DAEV)

A estiagem oficialmente iniciou, mas ela chegou mais cedo que costume no município. Nos cinco primeiros meses de 2022, Valinhos registrou chuvas abaixo da média em três. No recorrente ano, somente janeiro e março tiveram índices pluviométricos positivos. Em junho, o município entrou na faixa de operação de atenção, estando atualmente em período hidrológico seco. 

No último mês de maio Valinhos teve o registro de 38,80mm de acumulado chuva, o equivalente a 76,03% da média esperada ao período (51,03mm), enquanto que em abril teve o acumulado de 62,80mm, ou seja, 85% da média esperada (73,89mm). “A estiagem desse ano tende a ser rigorosa e, por isso, torna-se indispensável a consciência quanto ao uso racional da água, que deve ser parte fundamental no dia a dia de todos. Rever na rotina de uso de água, evitando ao máximo o seu desperdício, é preparar-se para que ações de contingenciamento sejam evitadas”, falou a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara. 

Em março o acumulado de chuvas chegou aos 174,20mm, correspondendo a 120,30% do estimado ao período (144,78mm). Em fevereiro choveu 93,40mm, representando apenas 51,20% da prevista (182,43mm esperados). Em janeiro, o saldo positivo de 306,40mm foi equivalente a 140,40% da precipitação historicamente esperada ao mês (média de 218,25mm). Os dados são do ponto de captação de água que Valinhos tem no Rio Atibaia (PS7) e controlados pelo Consórcio PCJ. 

Ainda de acordo com o PCJ, o ano de 2022 registra precipitações 25% abaixo do normal. Em abril as chuvas ficaram 35,6% abaixo do esperado para o período e esse comportamento climático interfere diretamente na reservação de água nas represas e na vazão média dos rios da região. “As fortes chuvas registradas em janeiro de 2022, na ordem de 22% acima do esperado para o período, não foram suficientes para recarregar os mananciais, já que nos meses de fevereiro, março e abril, as chuvas ficaram bem abaixo das previsões, na ordem de 46%, 41% e 83% abaixo das médias históricas”, divulgou o PCJ.  

Para junho são esperados 60,43mm de chuva. No PS7, o registrado até o momento é de 19,80mm acumulados (32,80% da média). 

No início desta semana os mananciais internos de Valinhos registram 94,70% de sua capacidade total de reservação. Esse índice representa, aproximadamente, 430,2 milhões de litros de água bruta, suficientes para 23 dias de abastecimento da cidade se não houver recargas ou chuvas. O volume é encontrado nas barragens Figueiras, Moinho Velho, João Antunes dos Santos e Santana dos Cuiabanos.  

O Sistema Cantareira iniciou a semana com 41,60% de seu volume útil total de 408,21hm³. No Rio Atibaia a vazão identificada foi de 14,01m³/s em Valinhos, com nível de 1,05 metro. O índice está 16,45% acima do identificado na mesma data em 2021 (12,03m³/s) e 18,21% abaixo da vazão média histórica do ponto (17,13m³/s).

Duplicação da adução do Atibaia

Para aumentar a capacidade hídrica da cidade, a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara, assinou no último dia 27 a Ordem de Serviço que permite dar início às obras para construção da 2ª linha de adução da água bruta do Rio Atibaia. 

Aguardada na cidade, a ação vai ajudar a aumentar a oferta hídrica de Valinhos em 90 litros por segundo na rede de distribuição, com tratamento que será feito na Estação de Tratamento de Água (ETA) II, no Vila Sônia. Os trabalhos terão início nos próximos dias.

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