DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Por conta do retorno gradual do abastecimento após o período de rodízio, em razão da rede ser antiga, os vazamentos aumentaram em 255,55% de uma semana para a outra na rede pública de água


O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) intensificou as ações de manutenção da rede pública de água na cidade. E o reforço nos trabalhos tem motivo: atender o crescimento no número de casos de vazamento de água, que passaram de 18 registros (entre 20 e 26 de agosto) para 46 registros (entre 27 de agosto e 2 de setembro), representando 255,55% de aumento de uma semana para a outra.

O aumento no número de vazamentos, de uma semana para a outra, já era esperado pelo DAEV. A partir da implementação do Programa de Racionamento de Água, grande parte da rede pública de distribuição do recurso – que é antiga – rompe durante o retorno gradual do abastecimento e no processo de pressurização do recurso. Por outro lado, a prefeita de Valinhos, capitã Lucimara, destaca que o DAEV já tem recursos, por meio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), para viabilizar a substituição de parte das redes de água atuais dos bairros (veja mais detalhes abaixo).

Para conseguir prover atendimento em tempo hábil, o Departamento de Manutenção, da autarquia municipal, ampliou a sua capacidade de atendimento, sobretudo em período de plantão, para que possa dar suporte às ocorrências de vazamento (visíveis e não visíveis) no menor tempo possível. “A equipe do DAEV está empenhada em prestar os atendimentos necessários às ocorrências que impactem diretamente o sistema de abastecimento, sobretudo durante o período de vigência do Programa de Racionamento de Água, que está em vigor em Valinhos desde 27 de agosto”, explicou o presidente da autarquia municipal, Ivair Nunes Pereira.

Os atendimentos

O diretor do Departamento de Manutenção, Marcos Caetano, informou que diante ao aumento considerável no número de casos de uma semana para a outra, que foram reorganizados os focos de ação das equipes para otimizar os direcionamento e emprego dos recursos materiais e humanos, a fim de atender ao crescimento do número de vazamentos identificados na cidade. “Realmente temos feito o possível para atender as ocorrências em tempo hábil, dentro de um cenário atípico de atuação, que é o racionamento. Dentro do atendimento que fazemos priorizamos os vazamentos que têm maior índice de perda de água e que podem afetar um número maior de pessoas, tais como as manutenções necessárias em adutoras, subadutoras e nas redes públicas de água. Além deles, não podemos nos esquecer que também temos os atendimentos relativos a esgotos”, disse.

Ainda segundo Caetano há atendimentos que requerem mais acompanhamento e monitoramento das equipes, para identificação do ponto correto de intervenção à solução da ocorrência em definitivo. “Há vazamentos que aos olhos de muitos parecem simples de serem resolvidos, mas que não são e exigem muita apuração por parte de nossos servidores. Temos que identificar as causas e atuar de forma a saná-los assertivamente, muitas vezes precisando de serviços de geofonia realizados durante a madrugada para encontrá-los e resolvê-los”, explicou.

Além da rede pública de água ainda há os atendimentos de ramais e de ligações, que também tiveram aumento no número de registros. De acordo com dados da Central de Atendimento do DAEV os casos passaram de 35 (entre 20 e 26 de agosto) para 54 (entre 27 de agosto e 2 de setembro), representando o crescimento de 154,28% no número de casos.

Os registros para atendimento de vazamentos em cavalete também aumentaram e passaram de 44 para 90 de uma semana para a outra, representando o aumento de 204,54% no número de ocorrências. “Trabalhamos diariamente para que as ocorrências, que aumentaram de forma exponencial, sejam solucionadas dentro de nossa capacidade operacional e, consequentemente, para que o abastecimento da população seja prejudicado o menos possível”, falou o titular da autarquia municipal.  

Também contribuem ao surgimento de vazamentos as constantes oscilações de temperaturas, comuns em períodos de estiagem; e a natural ‘fadiga’ estrutural, sobretudo nos pontos que a rede pública de água é muito antiga, tais como as que são de fibrocimento ou de ferro fundido. “Mesmo tomando todos os cuidados técnicos necessários é uma situação inerente ao período de racionamento, sobretudo diante à estrutura bastante antiga de abastecimento que temos atualmente em Valinhos”, disse o presidente da autarquia.

Melhorias previstas

Entre os pontos mais propícios aos vazamentos na cidade estão o Jardim Pinheiros e Vila Santana. Contudo, os bairros passarão pela troca de tubulação em breve. A viabilização da substituição das redes de água atuais dos bairros será feita por meio do FEHIDRO, com contrapartida do DAEV; e está na etapa licitatória.

A troca de mais de 10 quilômetros da rede pública de água nos locais está na etapa final dos trâmites licitatórios e contempla a substituição da rede de cimento amianto dos bairros, que são as mais antigas da cidade (com mais de 40 anos). “Essa ação terá reflexos positivos à redução de perdas de água tratada e ainda nos ajudará reduzi os gastos com as constantes manutenções que são necessárias nos bairros”, falou Ivair.

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