DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Consórcio PCJ informou que nos meses de setembro e outubro as chuvas devem ficar novamente abaixo da média estimada; DAEV pede à população para que economize água


Pelo quinto mês consecutivo, o volume de chuvas ficou abaixo da média esperada à cidade. De acordo com o Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), o índice acumulado em agosto foi de 35mm no ponto de captação que a cidade mantém no Rio Atibaia, o que correspondeu a 96,10% do que era estimado ao mês (36,41mm). O monitoramento pluviométrico é feito pelo Consórcio PCJ.

“Estamos com obras em andamento em Valinhos visando aumentar a capacidade hídrica de nossa cidade. Contudo, verificando que o cenário de chuvas está abaixo da média esperada desde março, também precisamos do apoio total da população para que faça o uso consciente e racional da água”, declarou a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara.

Em Valinhos, no decorrer de 2022, as chuvas somente estiveram acima da média histórica nos meses de janeiro e março. Em julho a cidade teve 8,2mm de chuva acumulada, ou seja, 25,10% da média que era estimada ao mês (32,67mm), enquanto que em junho o acumulado foi de 42mm, correspondente a 69,5% da média aguardada ao mês (60,43mm). Já em maio Valinhos teve o registro de 38,80mm de acumulado chuva, o equivalente a 76,03% da média esperada ao período (51,03mm); e em abril teve o acumulado de 62,80mm, ou seja, 85% da média esperada (73,89mm).

Em março o acumulado de chuvas no município chegou aos 174,20mm, correspondendo a 120,30% do estimado ao período (144,78mm). Em fevereiro choveu 93,40mm, representando apenas 51,20% do previsto (182,43mm). Em janeiro, o saldo positivo de 306,40mm foi equivalente a 140,40% da precipitação historicamente aguardada ao mês (média de 218,25mm).

Sobre a expectativa para os meses de setembro e outubro, o Consórcio PCJ informou que os indicativos demonstram que as próximas precipitações devem ficar abaixo da média climatológica. Em setembro, na cidade, são esperados 50,56mm de chuva. Ainda segundo o PCJ há cinco anos as chuvas vêm ocorrendo 20% abaixo que o estimado para as séries históricas nas cabeceiras dos mananciais, fazendo com que a recuperação dos principais não tenha sido totalmente satisfatória.  

Reservação e vazão

O representante da Autarquia Municipal, o engenheiro civil e sanitarista, Walter Gasi, informou que nesta quinta-feira (1º) as barragens municipais (Moinho Velho, João Antunes dos Santos, Figueiras e Santana dos Cuiabano) somam volume útil de 53,80%, o que equivale a 244,6 milhões de litros. Juntas essas barragens são responsáveis por 38,70% da água que é distribuída na cidade.

Já o Rio Atibaia – que representa 50,60% do sistema de abastecimento de Valinhos – registrou hoje a vazão de 10,30m³/s, estando 16,46% abaixo da média esperada para setembro (que é de 12,33m³/s); enquanto que o sistema Cantareira chegou aos 32,90% de seu volume útil. A faixa de operação segue em alerta.

Nos sistemas isolados, que são responsáveis por 10,70% do abastecimento da cidade, a operação tem se dado com a diminuição da recuperação dos lençóis freáticos. Desta forma, a cidade segue na bandeira laranja.

Lição de casa

Apesar da forte estiagem, Valinhos tem se esforçado ao enfrentamento do período seco. Para superar as dificuldades de abastecimento e fugir do racionamento, está duplicando atualmente a adutora de água bruta do Rio Atibaia. Dos 3.834 metros de obra entre trajeto de recalque e gravidade, 2,2 mil metros do trecho por gravidade já estão concluídos, com sistema atualmente na etapa de testes para início de operação. A obra ainda seguirá nos 1.634 metros do trecho de recalque até dezembro de 2022 e, até a sua finalização, ajudará a abastecer Valinhos com mais 90 litros por segundo.

Também com enfoque na suficiência hídrica, o DAEV concluiu a perfuração e colocou em operação o 5º poço profundo do bairro São Bento do Recreio; tem realizado a troca da tubulação de aproximadamente 10 quilômetros das redes de cimento amianto e de ferro fundido nos bairros Jardim Pinheiros, Parque Santana e Vila Santana; e vai terminar de interligar os reservatórios dos bairros Santo Antônio, São Bento do Recreio e Jardim Imperial. Além disso, a Autarquia Municipal também tem buscado junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) o desassoreamento de três barragens municipais.

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