Protocolo prevê investimentos, troca de informações e tecnologias
O prefeito de Valinhos, Orestes Previtale, e o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, assinaram nesta terça-feira (8) um protocolo de intenções para trocar tecnologias, informações e planejar investimentos com foco na preservação do meio ambiente. A parceria prevê ações para melhorar a qualidade da água e do tratamento de esgoto das duas cidades.
Uma delas é prioritária e já começou a ser discutida. Campinas deve investir na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Capuava, com o objetivo de melhorar a qualidade do efluente lançado no Ribeirão Pinheiros, a um quilômetro e meio do ponto de captação de água bruta de Campinas no Rio Atibaia. Essa captação abastece 95% município. Se a água despejada por Valinhos for mais limpa, o custo para o tratamento em Campinas diminui.
A ideia é que, com o investimento, a ETE Capuava tenha uma estrutura capaz de produzir com tecnologia de ponta a água de reúso, além de eliminar o odor da estação devido ao tratamento de esgoto e ampliar a sua capacidade. A água de reúso gera receita. É utilizada para a produção de energia, refrigeração de equipamentos, em processos industriais e lavagem de ruas.
Com o investimento, Campinas poderá tratar em Valinhos o esgoto que hoje é encaminhado para uma das estações da cidade, a do Samambaia. Para se ter uma ideia, a Estação Capuava trata 255,6 litros por segundo, enquanto a do Samambaia, apenas 60 litros por segundo, devido à baixa demanda.
O prefeito de Valinhos, Orestes Previtale, afirmou que investir no tratamento de água e esgoto significa melhorar a Saúde e preservar o meio ambiente. “Saúde não é só médico e remédio. É saneamento, limpeza urbana e tratamento de água e esgoto. Um conjunto de ações. Vamos melhorar e muito a qualidade do tratamento da nossa água com essa parceria”, disse.
Para o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, a parceria entre Sanasa e Departamento de Água e Esgoto de Valinhos (Daev), permitirá ações integradas para melhorar a qualidade da água dos nossos rios. “Hoje nós temos em Campinas um sistema de membranas que trata a água com 99% de pureza. Têm lugares no Brasil onde as pessoas bebem água mais impura do que essa, e nós não a usamos para o consumo. É de reúso. Quanto mais limpa se devolve a água, menos se cobra pelo tratamento e é isso que temos que trabalhar”, disse.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a cada R$ 1,00 investido em saneamento, a economia na Saúde é de R$ 4,00. “Nós tratamos corretamente a água que é despejada no Ribeirão Pinheiros, mas podemos melhorar. Existem hoje tecnologias modernas que ajudam a preservar o meio ambiente, reduzem custos, o odor da estação e protegem ainda mais a população”, disse o presidente do DAEV, Pedro Inácio Medeiros. Atualmente, Valinhos trata 100% do esgoto coletado.
Ações – Além da modernização da Estação Capuava, o protocolo de intenções permite que Sanasa e DAEV compartilhem equipamentos para identificar, por exemplo, perdas no sistema. Essa identificação facilita reparos e substituições para evitar o desperdício. Sanasa e DAEV também vão planejar ações com foco na qualidade do tratamento e na preservação do meio ambiente.
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