DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

O mesmo ocorreu no Sistema Cantareira, que segue na faixa de restrição e com chuvas inferiores à média histórica

Vista de Valinhos do bairro Monte Verde

Pela nona vez em 2021 Valinhos fechou mais com chuvas abaixo do previsto. Em novembro, a cidade registrou só 105,60mm de chuva acumulada, representando apenas 68,20% da média que era estimada ao período (154,82mm). Para dezembro são esperados 195,29mm de chuva, mas o acumulado até esta segunda-feira, 6 de dezembro de 2021, é de 11mm, correspondendo apenas a 5,60% do total estimado.  

Apenas em janeiro e outubro deste ano é que choveu mais que a média histórica na cidade. No primeiro mês do ano o acumulado foi de 319,60mm (150,60% da média histórica), enquanto que no oitavo mês foi de 158,80mm (188,80%). Nos demais meses o acumulado foi abaixo do estimado historicamente: em fevereiro foi de 121,60mm (64,70% da média), em março foi de 41,60mm (27% da média), em abril foi de 12,60mm (18,20% da média), em maio foi de 29mm (54,70% da média), em junho foi de 20,40mm (34,90% da média) e em julho foi de 26,40mm (76,50% da média). Já em agosto foi de 20mm (54,20% da média) e em setembro foi de somente 9mm (14,10% da média).

A falta de chuvas não é realidade concreta somente em Valinhos. A insuficiência também tem sido realidade no Sistema Cantareira em novembro de 2021. A média de chuva esperada ao mês de novembro para o local é de 149mm, mas somente choveu 111,6mm (25% a menos do que o esperado). Desta forma, o Sistema Cantareira opera nesta segunda-feira (6) com 25,30%, na faixa de restrição. “Precisamos ter cuidado com o uso da água, priorizando a economia contínua do recurso tratado, sobretudo diante da insuficiência das chuvas em Valinhos e, ainda, no Sistema Cantareira, que também abastece a nossa cidade”, falou a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara.

O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o Consórcio PCJ já estima que em dezembro de 2021 a precipitação pluviométrica deva ficar abaixo da média histórica. Valinhos está entre as cidades que estão em estado de alerta, assim como Vinhedo, Sumaré, Santo Antônio de Posse e Jaguariúna. “Por isso é preciso consciência para a utilização da água, pois a insuficiência pluviométrica afeta diretamente na recuperação dos mananciais, sejam eles superficiais ou subterrâneos. Rios, lagos, reservatórios, nascentes e lençóis freáticos dependem da chuva para manutenção e recuperação”, disse o presidente do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), Ivair Nunes Pereira.

Percentuais de operação

Valinhos conta com três modais de abastecimento: o Rio Atibaia, responsável por 50,60% da água distribuída à cidade, as barragens internas (que são as represas), responsáveis por 38,70% da água distribuída; e os sistemas isolados, que são os poços profundos, que representam 10,70% da água distribuída.

Na captação do Rio Atibaia (PS7), a vazão identificada às 7 horas da manhã de hoje (6) foi de 12,62m³/s, ou seja, 49,76% abaixo da esperada para dezembro, que seria de 25,12m³/s. O nível do rio também está menor, em 1 metro, estando 25,53% abaixo da média para o mês, que é de 1,34 metro.

Dados da última quinta-feira (2), do Departamento de Operação do DAEV, indicaram um breve ‘suspiro’ nas represas municiais. A Barragem João Antunes do Santos está operando com 23% da capacidade, enquanto que a das Figueiras com 16% da capacidade. A Moinho Velho está operando com 54% da capacidade e a Santana dos Cuiabanos com 44% da capacidade.

Valinhos ainda tem como formas de abastecimento os sistemas isolados, que correspondem a 10,7% da água consumida no município. De acordo com o Departamento de Operação da autarquia, os poços seguem operando com restrições, dada a diminuta recarga dos lençóis freáticos, somada à falta de chuvas e à baixíssima disponibilidade hídrica durante o período de estiagem.

Os dados contidos nesta matéria têm como fonte a Sala Situação PCJ e o Departamento de Operação do DAEV.

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