DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Volume acumulado de chuva não ajudou na recuperação dos mananciais internos

Barragem Moinho Velho está operando de forma alternada (Crédito da foto: Marcello Lino/DO)

Dados atualizados pelo Departamento de Operação, do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) indicam nesta quinta-feira, 14 de outubro de 2021, que o percentual de reservação de água bruta da cidade continua baixíssimo nos três mananciais internos municipais, nos quais há pontos de captação de água. Os índices pluviométricos (chuva) acumulados nos últimos dias também seguem em baixa pelo nono mês consecutivo. 

A barragem Moinho Velho continua operando de forma reduzida e alternada, com apenas 2% de sua capacidade. Já a das Figueiras está com somente 5% de sua capacidade total. Na João Antunes dos Santos a reservação está em 0%, somente operando com a vazão. A Santana do Cuiabano, que é reserva técnica das Figueiras, opera atualmente com 43% de sua capacidade. 

A prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara, reforçou que os níveis baixíssimos das represas municipais afetam em 38,7% a capacidade de fornecimento de água aos moradores. “Sem nível de operação adequado, a cidade segue com apenas 61,3% de sua disponibilidade hídrica, organizando-se da melhor forma possível, dentro de sua realidade, para atender toda a população de Valinhos”, falou. 

Desta forma, a cidade segue com o racionamento – intensificado desde 20 de setembro de 2021 – contando com o fornecimento do Rio Atibaia (50,6%) e dos sistemas isolados (10,7%), de poços profundos, que também têm apresentado queda de vazão de captação, decorrente do severo período de estiagem. 

Em relação ao Rio Atibaia a vazão identificada na manhã de hoje (16), às 7 horas da manhã no ponto de captação de Valinhos (PS7), era de 10,53m³/s. O volume está 29,06% abaixo do esperado para outubro, que tem a vazão média histórica de 14,84m³/s. Já o Sistema Cantareira – de onde o Rio Atibaia recebe a água – está nesta quinta-feira com apenas 28,3% do volume útil. 

Cadê a chuva?

Em relação ao percentual pluviométrico (índice de chuvas), ele continua abaixo do esperado na cidade. 

O Departamento de Operação, do DAEV, informou que nas últimas 72 horas o acumulado é de 9,4mm. “E isso não foi significante à recuperação dos mananciais internos. É preciso que a chuva venha à cidade com bastante volume e constância. Também é preciso que a população continue a economizar e priorizar o uso da água tratada somente para o que é fundamental em sua rotina diária”, disse o presidente da autarquia, Ivair Nunes Pereira. 

Nos 14 dias do mês de outubro de 2021 o acumulado de chuvas está em 38mm no ponto de captação de Valinhos no Rio Atibaia (PS7), que representa somente 45,2% dos 84,13mm estimados para outubro no local. 

O índice pluviométrico de 2021 segue, assim, bem abaixo do esperado ao município. Enquanto que em janeiro choveu 319,6mm, representando 150,60% do esperado ao mês; em fevereiro o acumulado foi de somente 121,60mm, o que representou apenas 64,70% do previsto ao período (187,96mm).

Ainda em março deste ano o índice também foi inferior. Na cidade choveu apenas 41,60mm dos 154,60mm esperados, ou seja, 27% da média estimada ao período. Já em abril o percentual foi ainda menor, com apenas 18,20% da chuva esperada, totalizando 12,60mm acumulados frente aos 67,73mm que eram estimados ao mês. Em maio o acumulado foi de 29mm (54,70% do que era previsto), enquanto que em junho e em julho somente choveu, respectivamente, 20,4mm e 26,4mm do que eram esperados (34,90% e 76,50% da média). Em agosto e setembro o volume também foi inferior. O registrado no PS7 foi somente de 20mm (54,20% da média) e 9mm (14,10% da média), respectivamente, nos períodos informados.   

As fontes dos dados são a Sala de Situação PCJ e o monitoramento e o acompanhamento do Departamento de Operação do DAEV. 

Compartilhe: