DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos


Em reunião com os prefeitos da Região Metropolitana de Campinas, realizado na manhã desta terça-feira, na Unicamp, em Campinas, a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara, sugeriu que todas as 20 cidades que compõem a região possam, de modo urgente, acionarem apoio emergencial do Estado e da União para o enfrentamento da grave crise hídrica que afeta os cidadãos de todas as cidades. Valinhos tem atuado de forma pioneira neste assunto, com ações emergenciais em racionamento, conscientização sobre uso da água, multas por desperdícios e obras que objetivam evitar novas situações nos próximos anos. A prefeita, inclusive, estará nesta quarta no DAEV – Departamento de Água e Esgoto de Valinhos – para dar sequência às ações necessárias neste momento de desafio que toda a região vive com a longa estiagem.

“O tema ultrapassa as fronteiras de Valinhos e tenho a certeza de que, com responsabilidade, o Conselho de Prefeitos da RMC pode e deve atuar de forma regional, para enfrentarmos este desafio que é tão crítico como tantos outros que já passamos em nossas cidades. Não somos meros cidadãos de uma cidade, mas metropolitanos e, portanto, é decisivo que possamos, todos, adotarmos juntos ações como estamos trabalhando em Valinhos, de forma a pensarmos regionalmente esta questão tão sensível que é o tema da água”, afirmou a prefeita Capitã Lucimara, que lamenta a falta de investimentos na cidade, no passado, que pudesse minimizar os efeitos desta situação hoje.

Ainda, na reunião, a prefeita também trouxe a proposta de implantar, em conjunto com as 20 cidades, um consórcio intermunicipal para atendimento de mulheres vítimas de violência. A proposta prevê, entre outras ações, a implantação de uma Casa Abrigo que possa cuidar de mulheres vítimas de violência, de forma sigilosa e segura. O assunto será debatido em novas reuniões do Conselho.

Com a experiência de quem, por anos, esteve à frente do comando da Polícia Militar em Vinhedo e Valinhos, sem contar as atuações também na Grande São Paulo, a prefeita Capitã Lucimara reconhece os avanços nas cidades nas ações de combate a violência, sobretudo junto às secretarias de Assistências Sociais, com integração às Polícias Civil e Militar, porém a força regional pode ser uma saída para, ao mesmo tempo, lidar com questões de investimentos e, também, pela segurança das ações em proteção às mulheres.

Em Valinhos, este tema foi judicializado na antiga administração e, há algumas semanas, o Tribunal de Justiça, entendendo que a cidade, antes de 2021, não adotou medidas em prol à proteção da mulher, condenou a cidade de Valinhos a implementar três equipamentos de suporte às mulheres vítimas de violência doméstica: uma Casa Abrigo, com atendimento sigiloso e acolhimento integral a mulheres sob risco de morte iminente; uma Casa de Acolhimento Temporário (ou Casa de Passagem), para receber mulheres e seus filhos por até 15 dias; e um Núcleo de Atendimento à Mulher, para prestação de acolhida, apoio psicossocial e orientação jurídica. 

“A questão não são estas ações, mas sim a forma como aconteceu todo este processo no passado e que, agora, estamos a buscar informações sobre a ação judicial. O gestor público deve agir pelo propósito da defesa do cidadão, é assim que pensamos e atuamos, e não simplesmente por decisão judicial”, complementou a prefeita Capitã Lucimara.

A proposta da prefeita é reunir cidades de mesmo porte para que, num formato de consórcio, possam atuar em ações de investimentos para a proteção à mulher. “O que propomos é que os municípios possam se unir, por exemplo Valinhos, Vinhedo e Itatiba, e construirmos juntos ações como essas, já que, sozinhos, por questões orçamentárias e até pela segurança das nossas mulheres, teremos mais dificuldades em implantar. A força da região deve, e precisa, ser utilizadas nestes casos”, comentou a prefeita Capitã Lucimara.

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